Ela
esperava um sorriso, um olhar de compaixão de compreensão e tudo que tinha a
sua volta era o silêncio. A solidão que a esperava todos os dias. À procura vã de tirar toda dor, todo o vazio, estava a fazendo
afundar e cair ainda mais em seu poço, criado em sua mente e em seu coração.
Deixou de acreditar no amor, nas pessoas e, acima de tudo, que poderia, um dia,
ser feliz com alguém.
Se
pergunta todos os dias, o que fez de errado, o que aconteceu pra ser tão
magoada e esquecida por quem ela tanto amou. Hoje ela nem sabe mais o que
sente, e não saber vai matando-a aos poucos, levando o sofrimento, a decepção e
a sua angustia ao auge, que à leva ao passado, sempre encontra o seu sorriso, o
seu olhar de compreensão e as palavras que dizia:
eu estou aqui! E depois que tudo acabou, que sua
“bolha de auto proteção” foi estourada, passou a ser atingida por tudo e todos,
mesmo que ela queira fugir, mesmo que queira se esconder, tudo sempre à
encontra. E sua mente se remete, automaticamente, a ele.
No
seu olhar de “vai ficar tudo bem”, ao seu abraço de conforto e segurança, mas
esse olhar e esse abraço não existem mais; tem apenas o silêncio de sua ausência,
a tristeza de que ele não vai estar ali para espantar os monstros que vinham assombrar
e dizer que tudo vai dar certo, que a vida não é assim tão complicada. Mas tudo
é em vão, é dificil imaginar ele aqui, ter a ciência que tudo irá chegar, que a
vida mostra a sua realidade, e que a única resposta é o silêncio do seu quarto
e o fato dele não estar lá para afogar as magoas e limpar as lágrimas que caem
no seu rosto. E ela sempre se pergunta: Você sofre quando pensa em mim? Por que eu sofro quando penso em você...
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